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Eu duvido guri do milênio passado que não tivesse a curiosidade de ir a um barbeiro, cadeira onde o bisavô, o avô, o pai sentara costumeiramente por vários minutos para se afeitar e ou cortar o cabelo!

 

Considerando que uma barba deva ser feita diariamente, é fácil de concluir porque no passado a maioria dos homens eram barbudos, bigodudos, porque não havia tempo para ir todos os dias ao barbeiro, exceto os ricos, os remediados que viviam nas cidades, esses pelo menos uma ou mais vezes por semana podiam cumprir o ritual de barbar-se, que aos militares, não tinha desculpa, a navalha no quartel cortava diariamente as caras de soldados, cabos, sargentos e oficiais, sem piedade, porque milico com barba mal feita, dava cadeia.

 

A barba clássica antigamente se fazia com navalha Solingen, que quando bem afiada e na mão de barbeiro de pulso firme, não puxava e nem cortava o paciente, a quem no final da lida o barbeiro dizia, perguntando: “Tá feito, pra queimar vai álcool, talco ou água velva? Loção tradicional norte americana de queimar o afeitado, da marca Aqua Velva, que há época não sei, mas hoje é um produto que considero caro, custa mais de cem reais um vidro de 100ml. Eu me lembro do cheiro da Aquá Velva, e dos tapas que o barbeiro dava na cara do barbeado passando o tal produto, economizando!

 

O tempo, impiedoso e revolucionário, não perdoou os barbeiros, que obrigados migraram para as navalhas de lâmina gillette, mais baratas e que mercadologicamente os atraiçoou, pois ingenuamente foram os barbeiros que fizeram o marketing da Gillette, que logo passou ser vendida o tal aparelho de barbear, nos bolichos, armazéns e hoje em farmácias e supermercados, surgindo ainda os barbeadores elétricos portáteis, dando o tiro de misericórdia na classe profissional que outrora tivera as duas faces da humanidade nas mãos.

 

Porém a força da tradição, fez neste milênio, com equipamentos modernos, ressuscitar a profissão criada na Grécia antiga e trazida para o Brasil pelos padres jesuítas, delegada primeiro aos negros, que trabalhavam para seus senhores e depois para outros homens.

 

Assim o dia 19 de janeiro é o Dia Nacional do Barbeiro, por ter sido a data da sanção profissional em lei, mas há mais dias do barbeiro, o 3 setembro, data que surgiram o sindicato ou a federação da classe, e o 6 de setembro, dia do padroeiro dos barbeiros, São Martinho de Porre. Mas parece que a Lei, superou o costume religioso!

 

Para pensar: As coisas boas do passado, não precisam desaparecer, basta adequar aos novos tempos, que o efeito psicológico segue o mesmo!